domingo, 13 de março de 2011

A luz verde dos olhos azuis

                E o vento que gera tantas nuvens, ou que um dia gerou? Alguns dizem que surgiram como destino, outros como sorte ou até mesmo azar. Não sei de qual destas ideias sou partidário, até mesmo por que se eu soubesse toda historia dos ventos já haveria sido resolvida.
                O que sei é que um dia de semana, no final do verão, surgiu para mim um recado d um desconhecido, muito simpático e amistoso. Eu sempre muito fechado em meu mundo e do mundo, achei aquilo apenas mais um engano e resolvi deixar de lado. A pesar disso, no despertar do que foi a minha cabeça e meu coração para as coisas que realmente se sente, quando se permite sentir algo, esse engano pareceu providencial e um disso se fez uma possibilidade. Será? Em nome de algo novo, resolvi responder ao desconhecido e dar uma chance ao destino. Dessa chance surgiu um contato, mesmo que indireto, mas um contato, e muito agradável e interessante. D alguns recados perdidos trocados ao leo, passamos a uma comunicação mais constante, mais inteligente e também mais misteriosa. Cheia de jogos, de inversão e reversões, de brincadeiras; a ironia e a sagacidade marcaram todo um período de muito conhecimento, muita revelação e muita expectativa, até que fatidicamente a vontade de tornar físico e próximo tudo o que havia na distancia das conversas se fez presente.
Esse ponto o acaso pareceu dar mais um sinal de seus planos. Em um dia frio e chuvoso, na qual todos os planos de almoço com minhas amigas deram errado, no ultimo locar disponível, encontramos abrigo do frio, da chuva e da fome. Além disso, também encontrei um estranho que sabia meu nome. Na verdade não se tratava de um estranho, após 2 segundos olhando atentamente os olhos castanhos reconheceram os olhos azuis. Esse foi o primeiro encontro, que de fato não durou mais que alguns segundos. Mas serviu como motivador para um próximo. A data foi escolhida: dia dos namorados. O dia (teoricamente) mais romântico do ano foi o palco sob a luz verde que deu inicia a um tocar de mãos na sombra dos corpos dançantes, dos olhares ternos. E a dança continuou, até o ponto em que a experiência e a ingenuidade trocaram seu primeiro beijo.

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